11 milhões de bovídeos devem ser vacinados contra a febre aftosa em São Paulo
A vacina contra a febre aftosa teve a sua dose reduzida de 5 ml para 2 ml nesta primeira etapa da campanha de vacinação de 2019, que será realizada no estado de São Paulo, de 1º a 31 de maio, com a vacinação de bovídeos (bovinos e bubalinos) de todas as idades. Um dos principais objetivos na mudança da vacina é o de menor volume de óleo mineral, com consequente redução de reações alérgicas nos animais. Outra medida relevante foi a retirada do sorotipo C. Estudo do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), que concluiu pela inexistência do vírus da febre aftosa tipo C na América do Sul, foi determinante para a recomendação da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa) suspender a vacinação com esse sorotipo na região. De acordo com o estudo, o último foco de febre aftosa com o sorotipo C nas Américas data de 2004. As vacinas contra a febre aftosa são produzidas no Brasil e testadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros), que são os laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Antes e durante a campanha de vacinação, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária realiza em todo o Estado de São Paulo a vigilância no mercado para garantir a eficiência das vacinas colocadas no comércio, conferindo o armazenamento, com atenção à temperatura que deve estar entre 2 a 8 graus Celsius. Até 31 de maio de 2018 deverão ser vacinados todos os bovídeos do rebanho paulista de 11 milhões de cabeças. É proibida a vacinação de outras espécies animais. O Estado não registra focos da doença desde março de 1996. Vacinação eficiente A primeira providência é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Isso porque todo o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a etapa da campanha é cadastrado pela revenda no sistema informatizado Gedave. No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador. A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores. A vacina, que nunca pode ser congelada, deve ser mantida entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com dois terços de seu volume em gelo para que a vacina não perca sua eficácia. Para realizar a vacinação deve ser escolhido o horário mais fresco do dia, classificando os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes. Usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço) por via subcutânea (abaixo do couro). Independente da idade, a dose é de 2 ml de vacina. As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais), para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação. O criador deve se organizar para fazer a vacinação dentro do prazo estabelecido pela legislação, ou seja, de 1º a 31 de maio, e tem até o dia 7 de junho para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária diretamente no sistema informatizado Gedave. É preciso declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporcos), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes). A vacinação é obrigatória. Deixar de vacinar e de comunicar a vacinação sujeita o criador a multas de 5 Ufesps (132,65 reais) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (79,59 reais) por cabeça por deixar de comunicar. O valor de cada Ufesp - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é 26,53 reais. Fonte: Agrolink
|