“Sem acordo EUA-China, Brasil vai se beneficiar” diz Tereza Cristina
A declaração da Ministra esta manhã em São Paulo vem na esteira de pronunciamento do presidente americano Donald Trump veiculada no Twitter. Ele anunciou que vai elevar de 10% para 25% a partir de sexta-feira as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. Além disso, Trump ameaçou tarifar “em breve” em 25% o equivalente a US$ 325 bilhões em outros produtos da China e reclamou do andamento lento das negociações de comércio bilaterais. Mas, diante do noticiário, a Ministra preferiu a cautela: “A gente precisa saber se foi só um recado duro ou se isso vai se efetivar. Claro que, se os Estados Unidos e a China não entrarem em acordo, e se as tarifas não voltarem ao que eram antes, realmente é uma oportunidade, uma janela de oportunidade a mais para o Brasil.” O pronunciamento aconteceu depois de reunião do Conselho Superior do Agronegócio, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na madrugada desta terça feira, 7 de maio, a ministra segue para a Ásia onde vai tentar abrir mercados para o Brasil, principalmente no setor de proteína animal. “Eu vou chegar lá em meio a toda essa negociação (China e EUA) e eu vou fazer uma leitura do que isso pode representar para o Brasil, principalmente para a soja, que é nossa grande preocupação”, afirmou. O País é concorrente dos EUA na exportação de soja para a China. “Já a carne, os chineses terão que importar para suprir sua demanda interna e hoje já tem um alto preço, então o Brasil pode colaborar um pouco para que esses preços lá possam cair.” Ela contou que na China vai dizer “que o Brasil é um grande parceiro”. “Somos parceiros confiáveis, temos produtos de qualidade e volume – de soja, milho, enfim”, declarou. Sobre novas habilitações de indústrias, Tereza Cristina disse que ainda não há sinalização. “Essa resposta, nós vamos trazer de lá”, afirmou. Fonte: Portal DBO
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